Cianeto de hidrogênio e a tragédia de Santa Maria
Uma lamentável sequencia de erros, descaso e despreparos ceifou a vida de centenas de jovens brasileiros, isso marcará para sempre a nossa memória. A dor que sentimos não se compara à dos que perderam os seus entes queridos. Lá se foram filhos e filhas que viveram o sonho da universidade pública de qualidade, e que muitas vezes também eram os dos pais. Nada será como antes não há remédio para essa dor. O que faremos em contrapartida? Estamos às portas de mais um carnaval, e é claro que temos direito ao nosso momento. Eu volto à pergunta, o que faremos? Pelo os que se foram, por eles deveras não há o que fazer, infelizmente. Mas não podemos fechar os olhos para o que nos cerca, a precariedade e insegurança de casas e estabelecimentos sem a menor condição de funcionamento é uma sentença de morta que paira sobre nossas cabeças. Vamos nos valer de nossos direitos, devemos exigir que essas casas cumpram a lei. Se deixarmos de frequentá-las ou elas fecharão ou se adequarão à lei.
Eu transcrevo um texto sobre os perigos do cianeto de hidrogênio, gás tóxico que supostamente foi o grande vilão dessa tragédia história. Presente na pirólise a 800ºC da espuma de poliuretano como resultando combustão de plásticos contendo grupos nitrila, o cianeto de hidrogênio (HCN) é letal dependendo do tempo de exposição.
Eu transcrevo um texto sobre os perigos do cianeto de hidrogênio, gás tóxico que supostamente foi o grande vilão dessa tragédia história. Presente na pirólise a 800ºC da espuma de poliuretano como resultando combustão de plásticos contendo grupos nitrila, o cianeto de hidrogênio (HCN) é letal dependendo do tempo de exposição.
Os sintomas de envenenamento por cianeto após a inalação dos
seus vapores surgem muito rapidamente e a sua severidade está diretamente
relacionada com a concentração do gás cianídrico no ambiente. Após várias horas
de exposição a concentrações atmosféricas menores que 50 ppm, os pacientes
desenvolvem sentimentos de ansiedade, inquietação, palpitações e dores de
cabeça. A sua recuperação pode no entanto ser rápida uma vez terminada a exposição,
contudo se esta exposição se prolongar, mesmo com doses baixas, pode ser fatal.
Uma exposição superior a 30 minutos a uma concentração
atmosférica de 100 ppm pode conduzir à morte. Doses mais elevadas que esta
levam ao rápido surgimento de taquicardia, dispneia, síncope (morte aparente ou
real, súbita por paralisia cardíaca) e tonturas. Estes sinais de envenenamento
podem também desaparecer rapidamente uma vez terminada a exposição. Em casos
mais graves a taquicardia é seguida de bradicardia que pode progredir para um
estado de dissistolia (astenia
cardiovascular). Quando as concentrações de cianeto de hidrogênio são maiores
que 270 ppm ocorre imediatamente coma e colapso cardiovascular.
Várias tragédias no passado tiveram como pano de fundo o
envenenamento por inalação de vapores de HCN. Grande parte dos plásticos contêm
na sua composição compostos nitrogenados que por combustão libertam gás
cianídrico. Em 1973, em Paris, um incêndio a bordo de um avião matou 119
passageiros e em 1980 em acidente igual morreram 303 peregrinos em Riyadh,
Arábia Saudita, por combustão de material plástico que produziu gás cianídrico.
O cianeto sob a forma de gás é usado para execução nas chamadas câmaras de gás
e foi usado por mais de 900 religiões na Guiana em 1978. O gás cianídrico foi
uma das armas químicas mais recentemente usadas, como por exemplo na guerra do
Golfo (1980-1988) e na agressão iraquiana aos Curdos (1988).
(fonte: www.ff.up.pt/toxicologia/monografias/ano0304/Cianetos/inciah.htm)
Realmente ao que tudo indica, mais uma tragédia que poderia ser
evitada, teve como pano de fundo o HCN.
Amigos, por favor, lutemos por nossos direitos, ou a nosso diversão poderá ser a próxima tragédia nacional
Descansem em paz amigos de Santa Maria.
Amigos, por favor, lutemos por nossos direitos, ou a nosso diversão poderá ser a próxima tragédia nacional
Descansem em paz amigos de Santa Maria.
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